Obrigado meus caros.
Eu também tinha a impressão que seria 200 km/h, mas era mero palpite por causa da utilização das Corail nos ICs.
Já me tinha aventurado no Google Earth a medir a primeira das curvas mais largas a seguir às pontes no troço Casa Branca -> Tojal, mas para curvas com raio tão grande até mesmo esta ferramenta já começa a deixar a desejar - margem de erro cada vez maior.
Tenho um ficheiro Excel partilhado no fórum oficial do Trainz para estes cálculos; para quem não esteja familiarizado com o Trainz, existe uma ferramenta especial para simular a sobre elevação da via, a qual de facto aplica uma rotação à via (o efeito visual é de facto muito bom, podem confirmar nos meus últimos vídeos do projecto do Ramal de Montemor, utilizando vias feitas pelos nuestros hermanos da Spain Trainz Rutas), e, por extensão, ao próprio material circulante (vista interna da cabine incluída). Essa ferramenta requer dois parâmetros específicos, os quais são calculados a partir de outros dois parâmetros - que são precisamente a VMA e o raio de curva mínimo.
Bom, mas como isto não é nariz de santo (meaning, não precisa ficar divinamente perfeito), os valores adiantados de 200 km/h e 1600 m já me parecem um bom ponto de partida!
Nota: houve de facto curvas corrigidas neste troço, as quais me deram um trabalhão para decidir que diabo fazer aos PKs, já que a distância entre as estações de Casa Branca, Tojal e Monte das Flores, diminuiu - mas os seus PKs permaneceram iguais. A minha solução seguiu o que se faz no terreno: um f*dam-se os PKs na curva nova, ficam como ficarem!, e mantêm-se os originais no mesmíssimo lugar no restante trajecto.
Estou a equacionar se, depois de uma modernização ao projecto, não o publique, mesmo que numa versão muito inicial, para pelo menos o pessoal poder dar umas voltas e conhecê-lo. Digam-me de vossa justiça.
DC
Ramal de Évora - Trainz
- daniel.conde13
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- Jose Sousa
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Talvez isto ajude
Não tem Permissão para ver os ficheiros anexados nesta mensagem.
- daniel.conde13
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Viva José Sousa, obrigado pela partilha, mas nesta questão em específico não deslinda o mistério.
@Ricardo Quinas: uma dúvida assaltou-me agora em casa: segundo o tal ficheiro de Excel de que falei anteriormente, uma VMA de 200 km/h e um raio de curva de 1600 m dão uma sobre elevação de exactos 20 cm - não sei qual é o valor máximo em Portugal, mas do que consegui apurar, na França e na Alemana o máximo é de 18 cm (Houston, we may have a problem!). Contudo, este ficheiro faz cálculos com base na bitola standard, e não na bitola ibérica, pelo que poderá haver aqui uma diferença significativa no valor final... Confirmas mesmo esse binómio VMA/R?
Ah, outra dúvida: antes do CONVEL, a passagem pelo Monte das Flores estava sujeito a um afrouxamento de 80 km/h; ainda se mantém? Devia-se apenas aos AMV da estação, ou havia outro motivo?
Obrigado a todos pela ajuda e interesse;
DC
@Ricardo Quinas: uma dúvida assaltou-me agora em casa: segundo o tal ficheiro de Excel de que falei anteriormente, uma VMA de 200 km/h e um raio de curva de 1600 m dão uma sobre elevação de exactos 20 cm - não sei qual é o valor máximo em Portugal, mas do que consegui apurar, na França e na Alemana o máximo é de 18 cm (Houston, we may have a problem!). Contudo, este ficheiro faz cálculos com base na bitola standard, e não na bitola ibérica, pelo que poderá haver aqui uma diferença significativa no valor final... Confirmas mesmo esse binómio VMA/R?
Ah, outra dúvida: antes do CONVEL, a passagem pelo Monte das Flores estava sujeito a um afrouxamento de 80 km/h; ainda se mantém? Devia-se apenas aos AMV da estação, ou havia outro motivo?
Obrigado a todos pela ajuda e interesse;
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Não se mantém. Era por falta de comprovação dos amv's, como acontece geralmente no cantonamento telefónico.
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Bem me parecia que tinha de ser por uma questiúncula técnica qualquer, não fazia sentido nenhum numa via novinha em folha um afrouxamento daqueles...Jose Sousa Escreveu: ↑26 mai 2021, 00:51 Não se mantém. Era por falta de comprovação dos amv's, como acontece geralmente no cantonamento telefónico.
Gracias!
DC
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Sim, as correcções para 200 km/h em linhas antigas têm sido realizados com curvas de 1600 metros. Acho que essa diferença é precisamente a questão da bitola.daniel.conde13 Escreveu: ↑26 mai 2021, 00:04@Ricardo Quinas: uma dúvida assaltou-me agora em casa: segundo o tal ficheiro de Excel de que falei anteriormente, uma VMA de 200 km/h e um raio de curva de 1600 m dão uma sobre elevação de exactos 20 cm - não sei qual é o valor máximo em Portugal, mas do que consegui apurar, na França e na Alemana o máximo é de 18 cm (Houston, we may have a problem!). Contudo, este ficheiro faz cálculos com base na bitola standard, e não na bitola ibérica, pelo que poderá haver aqui uma diferença significativa no valor final... Confirmas mesmo esse binómio VMA/R?
O valor excepcional de escala admitida em Portugal vai até uns expressivos 190 mm e o valor limite normal são 160 mm definidos em documentação técnica. Sendo relativamente frequente encontrarem-se curvas com escalas acima desse valor normal com o intuito de esmifrar a velocidade ao máximo sem corrigir traçados, essas escalas são um verdadeiro abuso para comboios lentos ou para comboios que tenham de reduzir excepcionalmente a velocidade, por isso as intervenções mais recentes têm colocado a fasquia mais pelos 150 mm.
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Obrigado pelo esclarecimento!Ricardo Quinas Escreveu: ↑26 mai 2021, 12:38 Sim, as correcções para 200 km/h em linhas antigas têm sido realizados com curvas de 1600 metros. Acho que essa diferença é precisamente a questão da bitola.
O valor excepcional de escala admitida em Portugal vai até uns expressivos 190 mm e o valor limite normal são 160 mm definidos em documentação técnica. Sendo relativamente frequente encontrarem-se curvas com escalas acima desse valor normal com o intuito de esmifrar a velocidade ao máximo sem corrigir traçados, essas escalas são um verdadeiro abuso para comboios lentos ou para comboios que tenham de reduzir excepcionalmente a velocidade, por isso as intervenções mais recentes têm colocado a fasquia mais pelos 150 mm.
Vou usar então estes valores para a sobre elevação no projecto no Trainz. Quando estiver feito, há-de sair um vídeo.
Por acaso lembro-me há muitos anos - tantos que ainda havia Inter Regionais na Linha do Norte - de ir a bordo de um IR e este parar em plena via algures (se a memória não me trai, seria próximo a Pombal). A sobre elevação da via era tal que, ali parados, e estivéssemos sentados ou de pé, era notório o esforço para nos mantermos direitos. Até dava impressão do material circulante ir virar para o lado a qualquer momento!
DC
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Começou a colocação da catenária no Ramal de Évora!
Este era um update que eu há muito temia, mas que finalmente se impõe. Este projecto não mais será uma foto do que foram os meses de operação a diesel no pós modernização, para passar a ser uma representação fiel do que é hoje este ramal - excepção feita aos layouts das estações de Casa Branca e Évora, que manterei no esquema antigo - muito mais interessante e característico que o sensaborão 4 vias e já está. Entretanto conto saber desenrascar-me nisto das catenárias, para inventar uma disposição de acordo com estes layouts.
Os objectos para a catenária têm chancela da Spain Trainz Rutas, e são objectos separados que têm de ser pacientemente (ênfase em pacientemente) unidos: poste e mênsula (felizmente, ao aproximar ambos os objectos eles unem-se automaticamente e alinhados, alinhando também com a via de forma automática), fios de catenária e de alimentação. O lado mau do preciosismo e atenção ao detalhe é que os dois pacotes de catenárias que estou a usar vêm com uma miríade infindável de postes, mênsulas, fios, e uma catrefada de outras coisas (pórticos, contra pesos e o diabo a quatro), que nem a leitura da documentação enviada com o .cdp ajuda a acelerar - apesar de preciosa para deslindar esta confusão.
Pelo menos estou a aprender uma data de coisas novas sobre catenárias...
A colocação de sinalização electrónica (semáforos e CONVEL) também já está no terreno.
Novidades em breve.
DC
Este era um update que eu há muito temia, mas que finalmente se impõe. Este projecto não mais será uma foto do que foram os meses de operação a diesel no pós modernização, para passar a ser uma representação fiel do que é hoje este ramal - excepção feita aos layouts das estações de Casa Branca e Évora, que manterei no esquema antigo - muito mais interessante e característico que o sensaborão 4 vias e já está. Entretanto conto saber desenrascar-me nisto das catenárias, para inventar uma disposição de acordo com estes layouts.
Os objectos para a catenária têm chancela da Spain Trainz Rutas, e são objectos separados que têm de ser pacientemente (ênfase em pacientemente) unidos: poste e mênsula (felizmente, ao aproximar ambos os objectos eles unem-se automaticamente e alinhados, alinhando também com a via de forma automática), fios de catenária e de alimentação. O lado mau do preciosismo e atenção ao detalhe é que os dois pacotes de catenárias que estou a usar vêm com uma miríade infindável de postes, mênsulas, fios, e uma catrefada de outras coisas (pórticos, contra pesos e o diabo a quatro), que nem a leitura da documentação enviada com o .cdp ajuda a acelerar - apesar de preciosa para deslindar esta confusão.
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Alguém por aí com o perfil altimétrico dos troços Torre da Gadanha - Casa Branca - Évora?...
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Caros;
Alguém sabe qual é a(s) VMA(s) no troço Torre da Gadanha - Casa Branca?
Obrigado;
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