Projeto scratch building - Realidade portuguesa

[M.Neves]

Este projeto tem como objetivo a criação de edifícios portugueses para maquetes. Comecei por fazer uma pesquisa na internet sobre as várias soluções para a criação de modelos e acabei por criar o meu próprio método. Fiz um levantamento pelo google maps, imagens ou indo tirar fotografias pelas ruas de Lisboa, organizando tudo numa pasta, para depois criar os meus próprios modelos com algum rigor, tanto de aparência como de escalas.
Foram meses e meses para começar realmente a criar os modelos, pois foi preciso voltar atrás algumas vezes para repensar ideias com o intuito de conceber os modelos com menos gastos, menos trabalho, produzir em massa e obter realismo.

Os programas usados foram apenas o AutoCad, Word e google scatchUp
Desenhei os edifícios, as janelas e portadas em cad e word, e os vários tipos de gradeamentos em word

Materiais:
K-line
Papel Acetato
Betume
Canetas permanentes Sakura - branco
Etiquetas brancas
Cartão, cartolina e cartão canelado
Pasteis secos das minhas pinturas

[M.Neves]

Segue-se um protótipo de fachada e telhado e posteriormente o começo da criação de 5 edifícios

[ALopes]

Parabéns pelo trabalho, está muito bom,

Achei interessante a ideia de imprimir em acetato os gradeamentos, pois de outra forma imagino que seria impossível reproduzir a "filigrana" em plástico. Enfim, talvez com uma impressora 3D. Ainda são caras, mas acredito que brevemente estarão a preços acessíveis e aí o modelismo vai sofrer uma verdadeira revolução. Até lá...

Achei interessante o trabalho de investigação que fez e, claro, o cuidado de fazer tudo à escala.

Eu próprio já fiz uma curta ingressão no mundo do scratchbuilding, e sei o trabalho que dá, se bem que tenha acabado por usar alguns produtos standard, como janelas, telhas, etc. É um trabalho muito interessante mas infelizmente toma-me o tempo para a construção dos restantes cenários, por isso tive de o pôr de lado e só fiz um edifício.

Creio que há um artigo da Model Railroader que talvez lhe possa interessar, é precisamente a construção de fachadas com base em fotografias. Se estiver interessado posso tentar descobrir.

Continuação de bom trabalho.

Cumprimentos,

António

[nalmeida]

Excelente trabalho sem dúvida. Parabéns, está com um detalhe fantástico e o realismo é excelente. O método do acetato para os gradeamentos não me agrada mas concordo que tem um efeito agradável.
Gostei do método de produção em série de janelas, assim é um mimo!

[M.Neves]

Obrigado pelas vossas opiniões, ajudam-me muito a melhorar o meu trabalho. De facto andei muito tempo a pesquisar a melhor maneira de imprimir a "cor branca" por cima de acetato, telefonei para várias gráficas e realmente existe impressoras que imprimem a branco mas ninguém investe nisso pois são caras e não têm saída. Tive a ideia de usar canetas próprias para o efeito.
Quanto ao gradeamento, por eu ser preciosista talvez, nunca gostei muito dos gradeamentos em plástico que vêm nos kits, pois considero que os filamentos são demasiado largos (o mesmo acontece com algumas janelas). Bati com a cabeça nas paredes várias vezes para arranjar a melhor forma de reproduzir gradeamentos das casas lisboetas e acabei por arranjar uma solução que também não me agrada... confesso, mas tem as suas virtudes quanto ao especto final no modelo. O mau é ver-se num certo ângulo o reflexo tal como das janelas, fora isso dá um efeito muito bom. A solução? para já comecei por engrossar mais os filamentos o que permite realçar o gradeamento e diminuir a área transparente, o resultado foi positivo.
António, se esse artigo que falaste estiver disponível para download era porreiro com certeza! obrigado
Obrigado pela motivação Nelson! os teus modelos sempre foram uma inspiração para mim, assim como os do Emmanuel Nouaillier.

Se alguém tiver uma ideia para os gradeamentos ou outros pormenores agradeço a partilha

[jorge osorio]

boas, existe a possibilidade de cortar a lazer, conforme este gradeamento.

[nalmeida]

É uma excelente ideia Jorge, no entanto em portugal cortar o que quer que seja a laser ainda é tipo uma ciência oculta! Falo com conhecimento de causa, um determinado projecto projecto que precisava de cortar foi submetido a três empresas diferentes, uma orçamentou cerca de 50€, outra na casa dos 30€ e num dos locais onde conhecia a pessoa encarregue dos cortes saía por 10€, isto para o mesmo projecto no mesmo país. Neste país ou possuímos a tecnologia ou estamos tramados, até porque na nossa área muitas vezes temos que fazer diversas tentativas até atingirmos o objectivo desejado.
Já possuo algumas máquinas (CnC, plotter, 3Dprinter) que me permitem dar continuidade à vontade criativa (e ainda falta o laser CO2) e por exemplo para o projecto da Automotora Nacional já vou por alto na 10.ª versão de chassis, se isto fosse subcontratado já não justificava o investimento há muito tempo!
Louvo o trabalho do colega M. Neves e apesar de não me contentar com o acetato aceito perfeitamente que seja uma opção de compromisso e que até certo ponto atinja alguns dos objectivos pretendidos.

[ALopes]

Obrigado pelas vossas opiniões, ajudam-me muito a melhorar o meu trabalho. De facto andei muito tempo a pesquisar a melhor maneira de imprimir a "cor branca" por cima de acetato, telefonei para várias gráficas e realmente existe impressoras que imprimem a branco mas ninguém investe nisso pois são caras e não têm saída. Tive a ideia de usar canetas próprias para o efeito.
Quanto ao gradeamento, por eu ser preciosista talvez, nunca gostei muito dos gradeamentos em plástico que vêm nos kits, pois considero que os filamentos são demasiado largos (o mesmo acontece com algumas janelas). Bati com a cabeça nas paredes várias vezes para arranjar a melhor forma de reproduzir gradeamentos das casas lisboetas e acabei por arranjar uma solução que também não me agrada... confesso, mas tem as suas virtudes quanto ao especto final no modelo. O mau é ver-se num certo ângulo o reflexo tal como das janelas, fora isso dá um efeito muito bom. A solução? para já comecei por engrossar mais os filamentos o que permite realçar o gradeamento e diminuir a área transparente, o resultado foi positivo.
António, se esse artigo que falaste estiver disponível para download era porreiro com certeza! obrigado
Obrigado pela motivação Nelson! os teus modelos sempre foram uma inspiração para mim, assim como os do Emmanuel Nouaillier.

Se alguém tiver uma ideia para os gradeamentos ou outros pormenores agradeço a partilha

Olá, boa tarde,

Consegui descobrir outro artigo na MRH:
http://issuu.com/mr-hobbyist/docs/mrh12 ... mode=embed
Não sei se conheces esta revista, mas é muito boa e gratuita.

Este não era o artigo de que eu me lembrava, mas também está interessante.
Descobri também um SW não muito caro (45$, se considerarmos o câmbio para Eur, é o preço de um KIT de tamanho pequeno/médio):
http://www.modeltrainsoftware.com/model-builder.html

não investiguei como é que eles se desenvencilham para as cores brancas, talvez com ausência de cor em papel branco. Em tempos investiguei um pouco sobre a impressão a branco para alteração das matrículas nos vagões, e cheguei +/- à mesma conclusão: não é fácil de arranjar, e é caro. Resolvi o problema com decalques, o que para letras serve, mas para janelas talvez não seja o melhor.

Abraço,

António

[M.Neves]

Olá pessoal,

Obrigado pelos vossos comentários! Nelson, essa maquinaria que tens, consegue de alguma forma recriar os gradeamentos que pretendo? Pelo que tenho visto ao longo destes meses, chego à conclusão que, apesar de escassas, há soluções interessantes mas essas saem fora do orçamento das nossas carteiras. O corte a laser tem o mesmo resultado para madeira como para plástico? Consegue-se obter filamentos de 0,5mm e resistentes nas ligações entre eles?

António não conhecia a revista e está muito boa! vou retirar ideias e sobretudo para os acabamentos ajuda sempre. Obrigado
O Model-Builder parece ser muito bom para recriar fachadas. Estive no inicio para usar esse método mas acabei por optar pelo K-line e outros materiais. No entanto para aquelas zonas, por exemplo, encostadas à parede do cenário, parece-me sem dúvida a melhor solução, e é a que vou usar para a minha maquete depois.

Abraço

[nalmeida]

A única que poderá dar é a CnC mas não é rentável a produção. O corte a laser é mais adequado a materiais que queimam (madeira, papel etc..) e menos adequado aos que derretem (plásticos), já vi gradeamentos cortados a laser mas para mim o ideal é o metal etching que infelizmente também é muito difícil de fazer em casa para esse tipo de dimensões, e é caríssimo para subcontratar!