Neste tópico tenciono apresentar-vos o meu diorama Mina de Enxobregas, que já não sendo propriamente novo (já teve direito a "debuta" na exposição de modelismo da Associação de Modelismo de Lisboa do ano passado, como podem ver no respectivo tópico, http://www.portugalferroviario.net/foru ... 122&t=3670), nunca o apresentei aqui formalmente.
Depois de ter descoberto o site de Carl Arendt (http://carendt.com/), onde o autor, infelizmente já falecido, compilava vários (mesmo muitos) dioramas e micro-layouts, fiquei a matutar se não seria uma boa ideia fazer qualquer coisa daquele género, aproveitando o que tinha de sobras de madeira lá para casa.
Escolhi a placa que vêm nesta foto, que mede cerca de 40x59 cm nos lados maiores.
Com uma placa deste tamanho e com o material em H0e que tenho, a escolha da escala e tipo de via e ambiente foi relativamente fácil: uma mina!
Depois de alguns desenhos não conseguidos, cheguei finalmente a um que me satisfez e que foi o que acabou (mais ou menos) por ser feito.
Com a placa, o desenho e algumas das linhas (faltava-me um desvio) estava pronto para meter mãos à obra.
E para que esta mensagem não se torne muito grande e enfadonha, continuarei com a história no próximo episódio...
Ricardo Moreira - Mina de Enxobregas
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Ricardo Moreira
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Continuando com a apresentação da Mina...
O diorama está dividido em dois níveis, sendo o mais baixo, assente directamente na placa de madeira, usado apenas para decoração, tendo uma linha de via larga, apenas para fingir que existe um ramal vindo de algures que permite o envio do minério para o seu destino.
Num nível superior é o da mina e a sua linha, ficando aqui a parte funcional da instalação.
Como tencionava usar o que tinha em casa fiz o nível superior com dois pedaços de roofmat sobrepostos, revestidos depois com corticite, tudo coisas que eu já tinha em casa. Acrescentei a este nível um monte, feito igualmente em roofmate, que permitiu-me criar a entrada da mina (feita com fósforos).
No final e depois de instalada a via, foi este o aspecto:
As fendas que ali aparecem no monte foram posteriormente tapadas com Aquaplast.
Para a decoração comecei por colar placas de empedrado nas zonas onde haveria muros de contenção, seguindo-se a pintura do solo com vários tons, desde o ocre a washes de siena e umbra.
Para a vegetação usei várias flocagens e erva estática, aplicada com o Grass Master da Noch e alguns tufos de flocagem grossa, tudo em tons secos, com muito amarelo à mistura, já que pretendi dar um ar de final de Verão a todo o diorama.
Para a via limitei-me a colar areia, numa tentativa de fazer crer que aquela era uma linha assente directamente no solo, sem qualquer plataforma. No troço de via larga coloquei um balastro castanho e muita flocagem para dar um ar de linha pouco usada e ainda menos cuidada.
Construções: como isto é uma mina resolvi construir o mínimo possível. Assim, usei um abrigo metálico da Noch (na verdade um kit de cartão - ou madeira? - cortado a laser) para fazer de oficina e com chapa e perfis de Evergreen e telha da Noch construí os alojamentos do pessoal ("enriquecidos" com balsa para as portas) e os tabuleiros de descarga da via estreita para a larga.
No final fiquei com...
Fica aqui uma sugestão para modelismo nesta altura de crise, usando o que se tem em casa (como disse, só tive que comprar uma das agulhas que não tinha).
O diorama está dividido em dois níveis, sendo o mais baixo, assente directamente na placa de madeira, usado apenas para decoração, tendo uma linha de via larga, apenas para fingir que existe um ramal vindo de algures que permite o envio do minério para o seu destino.
Num nível superior é o da mina e a sua linha, ficando aqui a parte funcional da instalação.
Como tencionava usar o que tinha em casa fiz o nível superior com dois pedaços de roofmat sobrepostos, revestidos depois com corticite, tudo coisas que eu já tinha em casa. Acrescentei a este nível um monte, feito igualmente em roofmate, que permitiu-me criar a entrada da mina (feita com fósforos).
No final e depois de instalada a via, foi este o aspecto:
As fendas que ali aparecem no monte foram posteriormente tapadas com Aquaplast.
Para a decoração comecei por colar placas de empedrado nas zonas onde haveria muros de contenção, seguindo-se a pintura do solo com vários tons, desde o ocre a washes de siena e umbra.
Para a vegetação usei várias flocagens e erva estática, aplicada com o Grass Master da Noch e alguns tufos de flocagem grossa, tudo em tons secos, com muito amarelo à mistura, já que pretendi dar um ar de final de Verão a todo o diorama.
Para a via limitei-me a colar areia, numa tentativa de fazer crer que aquela era uma linha assente directamente no solo, sem qualquer plataforma. No troço de via larga coloquei um balastro castanho e muita flocagem para dar um ar de linha pouco usada e ainda menos cuidada.
Construções: como isto é uma mina resolvi construir o mínimo possível. Assim, usei um abrigo metálico da Noch (na verdade um kit de cartão - ou madeira? - cortado a laser) para fazer de oficina e com chapa e perfis de Evergreen e telha da Noch construí os alojamentos do pessoal ("enriquecidos" com balsa para as portas) e os tabuleiros de descarga da via estreita para a larga.
No final fiquei com...
Fica aqui uma sugestão para modelismo nesta altura de crise, usando o que se tem em casa (como disse, só tive que comprar uma das agulhas que não tinha).
Ricardo Moreira
- Joao Joaquim
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Muito bom!!!
Quer o diorama, quer a explicação que acompanha as fotos.
Dá gosto ver trabalhos deste nível!!
Quer o diorama, quer a explicação que acompanha as fotos.
Dá gosto ver trabalhos deste nível!!
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Obrigado pelas palavras.
Esqueci-me de dizer que também envelheci (sujei é capaz de ser mais correcto) a linha, principalmente em frente à oficina, local de estacionamento do tractor, e na zona da descarga para a via larga.
A foto do conjunto foi tirada antes desse processo, mas nas fotos do José Filipe no tópico da exposição da AML, já se vê esse trabalho de envelhecimento, feito com pastel e washes.
Esqueci-me de dizer que também envelheci (sujei é capaz de ser mais correcto) a linha, principalmente em frente à oficina, local de estacionamento do tractor, e na zona da descarga para a via larga.
A foto do conjunto foi tirada antes desse processo, mas nas fotos do José Filipe no tópico da exposição da AML, já se vê esse trabalho de envelhecimento, feito com pastel e washes.
Ricardo Moreira
- mertola1977
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belissimo trabalho
Marklin Collector /Digital / Layout C /Central station 2/ESU ECoS 2/Mobile stations/....MARKLIN MARKLIN MARKLIN
L.ª Alentejo - Santa Vitória-Ervidel
PK 168,868
a seguir:
http://www.msa-modelisme.eu/
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Olá amigo Ricardo, acho que foi uma boa ideia a partilha desta evolução da construção do diorama, além de aprender-mos como foi, e como se fez, fica o registo sempre interessante de todo o processo, muito bom, uma boa continuação, até breve, um abraço.
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Já agora, só mais uma achega que não escrevi e me lembrei agora.
Na decoração, quando estão a colar as plantas em zonas inclinadas, como aqueles montes, deixem a cola escorrer por onde ela quer (estou a partir do princípio que usam cola diluída). A vantagem disto é que no final ficarão com a maior parte das "ervas" coladas nos sítios onde a cola escorreu, tal como acontece na natureza, onde a vegetação se concentra essencialmente nas zonas mais húmidas, que são aquelas onde se acumulam as águas pluviais.
Se houver alguma zona que acham que ficou "careca", então coloquem um pouco de cola (sempre diluída), mas com o cuidado, que seja o q.b. para que não escorra muito, e colem as ervas e flocagens nessa zona, mas sempre com conta, peso e medida, sem exageros.
Na decoração, quando estão a colar as plantas em zonas inclinadas, como aqueles montes, deixem a cola escorrer por onde ela quer (estou a partir do princípio que usam cola diluída). A vantagem disto é que no final ficarão com a maior parte das "ervas" coladas nos sítios onde a cola escorreu, tal como acontece na natureza, onde a vegetação se concentra essencialmente nas zonas mais húmidas, que são aquelas onde se acumulam as águas pluviais.
Se houver alguma zona que acham que ficou "careca", então coloquem um pouco de cola (sempre diluída), mas com o cuidado, que seja o q.b. para que não escorra muito, e colem as ervas e flocagens nessa zona, mas sempre com conta, peso e medida, sem exageros.
Ricardo Moreira